Uma semana com o Presídio

Faz uma semana que os moradores do Parque Industrial, Parnamirim, ganharam de presente, do governo do estado um Presídio Feminino. Indignados, moradores já fizeram na última segunda feira um manifesto, mas nada adiantou. Chegou na surdina,120 detentas, que respondem por diversos tipos de crimes. Ano passado, houve rumores de ser instalado, no Parque um presídio provisório feminino, e houve diversas manifestações, por parte dos moradores que não aceitavam tal idéia. Houve até audiência pública na Câmara dos Vereadores, idealizada pela Vereadora Kátia Pires, que contou com o apoio apenas do Vereador Sérgio Andrade, que estava presente na audiência. O então Secretário estadual, responsável pela pasta o Deputado Leonardo Arruda, garantiu aos populares ali presentes que não havia nenhum contrato de locação, com o proprietário da cozinha industrial que funcionava na época no prédio onde hoje está o presídio. Até porque, a obra, havia sido embargada pelo CREA/RN e pela Secretaria de obras e meio ambiente de Parnamirim. Não sabe-se ao certo, qual foi o desfecho de tantos embargos, mas o que existe é o funcionamento do presídio. Estranho um presídio, tão próximo a residências (parede com parede, escolas, área de lazer. Que belo presente! É um grande estímulo, para as crianças e jovem do Parque, uma vez que esperava-se, no mínimo de bom senso. Há quem ache que seja discriminação, por parte dos moradores, mas ninguém quer ter como vizinho um presídio, sabendo que são presas provisórias, aguardando julgamento, muitas, responde por tráfico de drogas, as vezes, são vítimas de seus próprios companheiros, maridos, familiares que as põe em risco, mas o que temos a vê, é responsabilidade do estado providenciar presídio digno para todas elas, porque uma cozinha industrial não oferece acomodação, nem tão pouco segurança para as próprias detentas. E a segurança da população, quem faz? Uma vez que não funciona posto policial no bairro, toda segurança que se tem é dois policiais na porta do presídio.