segunda-feira, 25 de maio de 2009

Repúdio ao Descaso


Caros Leitores,


Trago a público minha indignação em decorrência do que está acontecendo na Escola Municipal Manoel Machado, situada a rua Aeroporto de pelotas, Jardim Aeroporto, Bairro Emaús, Parnamirim/RN. A escola tem aproximadamente 900 alunos matriculados, com um quadro de 32 (trinta e dois) professores, sendo 5 (cinco) deles estagiários, professores estes, insuficientes para atender a demanda, que por sinal encontram-se em greve a quase um mês.
Atentem para o descaso com relação aos equipamentos disponíveis para o melhor funcionamento da instituição. A cerca de uns 10 meses atrás, no ano de 2008 precisamente, constatei in loco, a referida escola havia recebido um laboratório de informática, e não estava funcionando em virtude de não haver, funcionário para instalação, operação na área de informática e desenvolver o trabalho devido em tal laboratório. Isso posto, estamos em maio de 2009, voltei a instituição de ensino, e para minha surpresa, verifiquei que a situação continua a mesma, os computadores estão encaixotados, parados, guardados no arquivo da escola, enquanto a sala que deverá funcionar o laboratório está cheia de cadeiras e outros materiais aguardando a instalação elétrica para poder funcionar. O que chama a atenção, é o fato de essas máquinas estarem paradas por todo esse tempo, é sabido que computador parado muito tempo sofre os efeitos da oxidação de placas, memórias e outros componentes, ou seja, na hora que ativar tais máquinas, poderá ocorrer que as mesmas não liguem e seja preciso fazer manutenção, reposição de peças e/ou até de máquinas inteiras, gerando assim, custos adicionais, além de deixar de beneficiar e suprir a carência dos estudantes. O que nos leva a afirmar o descaso com o erário público.
Outro fato é no tocante a biblioteca da referida escola que até hoje não dispõe de um bibliotecário, deixando a mesma a mercê dos funcionários da secretaria que quando podem executa essa função, com isso o que seria usado para enriquecer o vocabulário e o conhecimento dos alunos, é apenas um paliativo, o que é lamentável.
Nosso interesse em trazer a público estes fatos é para cobrar providências das autoridades competentes e constituídas em nosso município, pois tais problemas nos entristecem, pois vimos à educação, como pontes de desenvolvimentos pessoal, profissional e social, acreditamos no potencial das pessoas, desde que lhes sejam dados oportunidades de conhecimento.
O que é gritante, é que temos o mais difícil, os computadores e os livros, no entanto, por ineficiência, falta de cobrança ou descaso, a realidade é que crianças e jovens estão deixando de aprender o básico para sua vida profissional futura.
No ínterim, nada mudou. Até quando continuará essa situação? Apelamos para que o desperdício seja corrigido e a situação da escola resolvida, e que a mesma, seja motivo de orgulho em virtude do seu comprometimento com o alunato que ela se propõe educar. Toda comunidade aguarda providências urgente!



Aparecida Rocha
Diretora de Comunicação da AMPI
Artigo publicado no Mensageiro do Parque - 3ª Edição